13 de janeiro de 2010


No momento em que perde seu ilustre membro, Dra. Zilda Arns, a Cátedra Unisul Participação e Solidariedade associa-se à homenagem prestada pela Unisul e se solidariza com todos aqueles que sofrem a perda desse ser humano excepcional, que será para sempre um exemplo de amor, participação e solidariedade.


Unisul – Universidade do Sul de Santa Catarina: uma homenagem à Zilda Arns

Zilda Arns morreu no campo de batalha como soldado fiel em favor da vida, das crianças pobres, subnutridas e das pessoas idosas e necessitadas no Brasil, na África, na América Latina, no Caribe e no Haiti, de todas as nações a mais pobre.
Na tragédia do Haiti, no meio dos pobres e dos mais necessitados, a médica pediatra e sanitarista, Zilda Arns, encontrou sua morte, que há de ser apenas uma passagem para a vida eterna. A fundadora e coordenadora internacional da Pastoral da Criança, Zilda Arns, distribuiu milhões de copos de soro caseiro, pratos de multimistura, formou e ensinou milhões de mães e organizou milhares de comunidades em favor da vida, doando-se totalmente como só as pessoas de boa vontade são capazes de fazer acontecer.

Neste momento de dor e tristeza, a Unisul - Universidade do Sul de Santa Catarina, que em testemunho da grandeza desta missão, lhe concedeu o título de Doutora Honoris Causa, expressa seu profundo pesar pela tragédia que a abateu em pleno cumprimento de sua missão humanitária. Da mesma forma, a Cátedra da Unisul – Participação e Solidariedade, desta Universidade, que a teve como membro de seu conselho superior, função onde em meio de seu imenso trabalho no mundo, teve a humildade de encontrar tempo para ajudar a construir um mundo melhor, terá em Zilda Arns o exemplo maior dos valores humanos a que se dedica.

A Unisul ao externar sua solidariedade ao luto que cobre o Brasil e, especialmente, o sul de Santa Catarina, sua terra natal, se solidariza com os seus familiares e com todos aqueles que com ela cooperaram, especialmente a CNBB e seus milhões de agentes das pastorais da saúde e do idoso que ela criou e por longos anos presidiu.

A Universidade tem a certeza de que a missão da Dra. Zilda Arns, agora com a proteção de seu carinhoso olhar desde o infinito para onde foi chamada, há de prosseguir com todos aqueles que acreditam na valorização da vida como supremo valor para a construção de um mundo melhor.


Ailton Nazareno Soares
Reitor da Unisul

16 de dezembro de 2009

Cátedra promove Minifórum na UnisulTV sobre
Mudanças Climáticas Globais e Repercussões Regionais


O Minifórum aconteceu dentro do já consagrado programa Grandes Temas da UnisulTV. O programa, apresentado ao vivo em 15 de dezembro, terça-feira, das 21 às 23 horas, foi aberto à participação do público por meio de perguntas enviadas por telefone e e-mail. REPRISE no sábado: 19 de dezembro. Gravação especial do programa será editada e veiculada pela UnisulVirtual.

Foram discutidos temas de destaque mundial relativos a mudanças climáticas, suas causas e consequências, repercussões na região; COP15: avanços, acordo, indefinições; desenvolvimento sustentável; mudança de paradigma; posição da Unisul e da Cátedra a respeito dessas questões.

O debate contou com o jornalista Eduardo Zabot, como moderador, atuando com os analistas e experts na área: Prof. Osvaldo Della Giustina, Fundador da Unisul, Patrono da Cátedra, ex-Chefe de Gabinete dos Ministérios da Educação e do Ministro do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos da Amazônia Legal e Relator do Plano Estratégico de Desenvolvimento do Estado do Tocantins, na Região Amazônica; Prof. Dr. Sérgio Antônio Netto, oceanógrafo, doutor em Ciências Biológicas pela Universidade de Plymouth [EUA], especialista em Biologia Marinha do Litoral pela Universidade Austral do Chile e coordenador do Laboratório de Ciências do Mar da Unisul; Prof. Gustavo Madeira da Silveira especialista em Direito Ambiental Nacional e Internacional pela UFRGS e mestrando em Investigação Social Aplicada ao Meio Ambiente, na Universidade Pablo de Olavide, Espanha.











O Programa contou, ainda, com a participação por telefone, ao vivo, de Christian Della Giustina, presente na 15ª Conferência das Partes, a COP15, na Dinamarca. Christian falou sobre os temas fundamentais da COP15 e o quanto os diálogos e divergências irão refletir nos compromissos assumidos pelos países participantes e qual o posicionamento do Brasil na Conferência. Christian Della Giustina é geólogo pela Universidade de Brasília e mestre em processamento de dados e análise ambiental. Atualmente é Diretor Técnico da Geo Lógica Consultoria Ambiental Ltda., empresa de consultoria ambiental com serviços em todo território nacional, associada à Universidade de Brasília.

20 de outubro de 2009

Cátedra Unisul promove Minifórum sobre Ética na Crise



O Prof. Francisco Menna Barreto Reis apresenta o Minifórum "A Sociedade Sem Uma Referência Ética Sofre a Crise da Sobrevivência", nos dias 19 e 22 de outubro de 2009, das 19h:15min às 22h:30min, na sala de audições do Espaço Integrado de Artes, no Campus de Tubarão.

[...] “O anseio por uma Cultura de Solidariedade e Participação está presente em todas as pessoas. É uma aspiração forte. Não só entre indivíduos que sofrem em razão do não atendimento de suas necessidades básicas. Essas pessoas, ditas `carentes´, já se tornaram conscientes de que o acesso aos bens essenciais para sua sobrevivência é um direito inviolável que lhes assiste. Igualmente, esse mesmo anseio é compartilhado por todas as pessoas de boa índole, ainda que economicamente bem sucedidas. O Ser Humano esclarecido almeja condições de vida digna e decente para todos. Sem discriminação.”

[...] “Ao se encerrar o século XX, os humanos alcançaram meios, para (em caso de conflito) poderem se destruir mutuamente. Assim sendo, a questão se torna mais urgente. [...] O resultado que se espera desse exercício de reflexão proposto no minifórum é compartilhar do Movimento Coletivo, que cresce no mundo, como “massa de consciência”, e une as pessoas de todas as culturas.”

15 de outubro de 2009

Barack Obama e o Nobel da Paz


















Artigo do Prof. Osvaldo Della Giustina - Patrono da Cátedra Unisul


Barack Obama acaba de receber o Prêmio Nobel da Paz. Os analistas de resultados, os “práticos", que governam processos e instituições, os que analisam as plantas pelos frutos não pela semente (ou natureza), pensam, e assim têm analisado, que o prêmio é prematuro, que se refere apenas a ideias, quando muito a propostas que ainda não mostraram resultados práticos. Vi essas interpretações de inúmeras formas e em inúmeros meios.

Esses não entendem que mais importante, ou mais essencial, do que premiar resultados é dar apoio a ideias e propostas, pois são as ideias e as propostas que acabam por gerar resultados. Como a semente, são elas que geram a planta, que produz os frutos. Se a semente não existir, ou não for cultivada, não haverá arvore e não havendo arvore, não há frutos.

É isto que os analistas agarrados a um certo “praticismo” (os práticos), ou simplesmente equivocados, não sabem. Ou sabendo, não consideram.
Também não sabem que, se a semente que gera a árvore não for boa, seus frutos, ou resultados, serão maus, por mais que por algum tempo possam parecer bons. A história, a sociedade, o mundo, estão fartos de ter vivido esta ilusão.

Não tenho visto, no entanto, suficientes análises nesta linha de percepção – da essencialidade das ideias, das propostas. Move-me, porém, a esperança de que a Academia de Ciências da Suécia, ao premiar as ideias ou as propostas de Barack Obama – ou que ele representa, mais que os resultados dos passos iniciais, tenha decidido com esta percepção.

Tenho visto, porém, e refiro-me apenas a esses últimos tempos um tanto equivocados das análises por resultados ou pelas consequências. Quando o homem desembarcou na lua, os meios de toda espécie, de todo mundo, abriram manchetes para afirmar que, após esse grande passo da humanidade, a história jamais seria a mesma. De fato, produziram-se novos avanços tecnológicos, até aplicáveis nas melhores causas, mas em que mudou a história em termos de relacionamentos humanos, justiça, ética, segurança, paz ou, em resumo, felicidade?

Manchetes semelhantes - “o mundo jamais será o mesmo”, foram estampadas, ditas e faladas pelos analistas de resultados, quando o terrorismo destruiu as Torres de Nova Iorque- símbolo e centro dos negócios mundiais (World Trade Center). Não me consta que o mundo tenha mudado, a não ser no recrudescimento do terrorismo, da guerra, ou na restrição crescente às liberdades individuais, no crescimento da insegurança e do medo.

Poderia me referir, ainda, aos resultados pomposos de investidores, sistemas financeiros, bancos e outras instituições concentradoras da riqueza ou dos bens do mundo, que dominam a cada hora novas tecnologias, impõem novas condutas, manipulam situações de mercado, conceitos em que pretendem resumir o homem e o mundo. Não me consta que eles tenham feito um mundo diferente, melhor na sua natureza ou em seus processos de convivência. Ao contrário, têm sido geradas crises em agravamento – não apenas financeiras, mas no campo da cultura, da ética, do psiquismo humano, na sustentabilidade da vida pessoal e societária na preservação do Planeta e de seus recursos. Essas questões também têm sido pouco considerados pelas análises dos “práticos”, objetivos, colhedores de frutos ou resultados e – não plantadores ou cultivadores de sementes.

Para esses, é preciso lembrar que são as ideias e as propostas – as sementes - que geram as ações, ou o futuro, e não a colheita do fruto. Sempre, e em tudo, foi e continuará sendo assim pois assim é a natureza de tudo.
De minha distância, aplaudo, pois, o Prêmio Nobel da Paz para Barack Obama, plantador e cultivador da semente da paz, da convivência plural e harmônica, do diálogo, do pluralismo, do respeito, inclusive ou sobretudo dos mais fortes para com os mais fracos, da proposta, portanto, de mudanças do mundo, não apenas na superação das crises, ou na superfície, mas em sua essencialidade.

Os resultados apenas começam a aparecer: o retorno ao reconhecimento do multilateralismo no lugar do unilateralismo prepotente; a retomada do desarmamento atômico, não só contendo a proliferação das armas nucleares mas limitando os estoques e a expansão dos que as possuem; o reconhecimento da responsabilidade dos países, incluindo o seu próprio na crise das mudanças climáticas; a diplomacia do diálogo ao invés da diplomacia da ameaça e da retaliação; enfim, alem dessas questões referentes à humanidade, as questões internas, de seu próprio país e o símbolo que ele passou a representar de que os anseios, a consciência e os valores da sociedade podem se sobrepor ao poder dos sistemas. Mover a pedra da intolerância, da prepotência, da ambição sem limites do poder, da riqueza e da ganância, constitui o grande plantio, a necessária semente ou o grande passo, e a corajosa proposta, capazes de desobstruir o caminho para a paz, a justiça, a participação e a solidariedade.

A dimensão que vierem alcançar os resultados dependerá de que os “práticos” não consigam destruir a semente, de que a semente se fortaleça para se auto-sustentar na transformação do mundo; de que os realistas – refiro-me aos realistas do realismo essencial - ou da força das ideias e das propostas, prevaleçam sobre os realistas de resultados, ou seja, de que se amplie a “audácia da esperança”, como diria, ele próprio, Obama. Tenho, pois, a audácia da esperança de acreditar que, na sua decisão de atribuir o Nobel da Paz a ideias, símbolos e propostas, antes que a resultados, os conspícuos membros da Academia de Ciências da Suécia tenham percebido que o mundo pode não ser mais o mesmo depois de Barack Obama – não por ele, mas pelo empurrão que suas ideias, seu simbolismo e suas propostas deram nos valores e aspirações da massa de consciência que cresce no mundo. Se assim foi, terá sido dado um significativo passo na transformação do mundo ou da história, no rumo da humanização e da sustentabilidade, ou seja, do processo humano da Participação e da Solidariedade.

Barack Obama - Nobel Peace Prize

Barack Obama has just been awarded the Nobel Peace Prize. Analysts of “practical results” , who govern processes and institutions, check the plants by the fruits they give and not by the seeds sown (or nature itself), they ponder, and have come to the conclusion that the award is premature, once it refers to ideas only, when various proposals have not shown any practical results yet. I have seen those interpretations in many ways and forms.

They will not understand that because a lot more important and essential is to support ideas and proposals, not to award the results, ideas and proposals are the one in charge of bringing forth results. Just like the seeds, they are the ones to give life to a plant, that will in turn, bear fruits. Should the seed not exist or be cultivated, there would be no trees, and consequently no fruits.

This is what analysts have clung to, a certain “practicism” (the practical ones), or simply mistaken, do not know. Even if they know it they do not consider it. They are not aware that a seed giving life to a tree mustn’t be bad, because its fruits, or results, would be bad too, even if after some time they may have looked good. History, the society and the world as a whole are fed up with living this illusion.

However, I haven’t seen sufficient analyses within this line of thinking – essentiality of ideas, proposals. Still, it leads me to hopefully thinking that the Swedish Academy of Sciences’s decision to award Barak Obama’s ideas and/or proposals – or what himself symbolizes – has made the decision based on this perception rather than the first steps given.

Furthermore, I have seen, and I make mention of the latest decisions to have been somewhat mistaken once they are based on analyses for either results or consequences. When men stepped on the moon, the worldwide media headlined the event as they stated that, after this giant leap for mankind, history would never be the same again. Indeed, there have been a lot of technological advances even used for good causes, but what history changed in terms of humankind relationships, justice, ethics, safety, peace or, in short, happiness?

Similiar headlines – “the world shall never be the same”, were read, said and spoken of, by the analysts of results by the time terrorrism struck and destroyed the Twin Towers in New York City – considereded to be a symbol and a center for worldwide businesses (World Trade Center). As far as I’m concerned the world has not changed since then, but instead, terrorrism, war, individual freedom restrictions, insecurity and fear continue to be on the rise.

I could also mention the boasting results of investors, financial systems, banks and other institutions concentrated on riches or world assets coming up with new technologies every time, imposing newer conducts which manipulate market trends, concepts and intend to encapsulate mankind and the world. For all that I know they haven’t changed the world at all, a better world in relation to its nature, living processes. On the contrary, crises have emerged – not only financial ones, but those in the field of culture, ethics, human psychism, private and social life sustainability, preservation of the Planet and its natural resources. These issues have little been considered by the analyses of the “practical ones”, goals, fruit or result pickers and – no seed sowers or reapers.

One should remember that, for these people, ideas and proposals – the seeds – are the ones that – control actions, the future, and not the fruit harvest. It has always been like this, everything was and will continue being the same thing, because this is the essence of it all. From the distance, I applaud, because the Nobel Peace Prize for Barack Obama, sower and reaper of peace, plural and harmonious living, dialogue and pluralism, respect, including the strongest towards the weakest, proposals, and world changes, not only to overcome crisis itself on its surface, but on its essentiality as a whole.

The results have only begun to show: return to recognizing multilateralism instead of prepotent unilateralism; resuming the talks on nuclear weapons ban, not only stopping the nuclear arms proliferation, but also reducing the arsenal and the expansion of those who have them; recognition of the countries responsibilities, including his own, climate change crisis, dialogue diplomacy instead of threat diplomacy and retaliation; so, apart from all these issues regarding humankind, also the internal issues, of his own country and the icon that he has become in relation to his aspirations, conscience, and values of the society may overcome the power of the systems. Move away the stone of intolerance, prepotence, power limitless ambition, riches and greed make up a big plantation field, the need for seeds or the giant leap, capable of unblocking the path for peace, justice, participation and solidarity.

In order for the results begin to show, it will all depend on the “practical ones” – they should not destroy the seed, the seed must strengthen itself for self-support to change the world; and the realistic ones – I mean the essential realism realists – strengthening of ideas – proposals, these all must prevail over the result realists, that is, “ boldness and hope “ should increase, as himself Obama would say. I am, therefore, hopefully bold to believe that, on their decision to award the Nobel Peace Prize for ideas, symbols and proposals before the results, the conspicuous members of the Swedish Academy of Sciences have noticed that the world may not be same after Barack Obama – not because of himself – but because of the push that his ideas, symbolism and proposals provided for the values and aspirations of the mass conscience increasing in the world. If that was the case, a significant giant leap has been given to change the world and history towards humanization and sustainability, that is, the human process of Participation and Solidarity.


Barack Obama - Premio Nóbel de la Paz

Barack Obama acaba de recibir el Premio Nóbel de la Paz. Los analistas de resultados, los “prácticos", que gobiernan procesos e instituciones, los que analizan las plantas por los frutos no por la semilla (o naturaleza), piensan, y así lo han analizado, que el premio es prematuro, que se refiere apenas a ideas, cuando mucho a propuestas que todavía no mostraron resultados prácticos. Vi esas interpretaciones de innumerables formas y en innúmeros medios.

Esos no entienden que más importante, o más esencial, que premiar resultados es dar apoyo a ideas y propuestas, pues son las ideas y las propuestas que acaban por generar resultados. Como la semilla, son ellas que generan la planta, que produce los frutos. Si la semilla no existe, o no es cultivada, no habrá árbol y no habiendo árbol, no hay frutos.

Es esto que los analistas agarrados a un cierto “practicismo” (los prácticos), o simplemente equivocados, no saben. O sabiendo, no consideran. También no saben que, si la semilla que genera el árbol no es buena, sus frutos, o resultados, serán malos, por más que por algún tiempo puedan parecer buenos. La historia, la sociedad, el mundo, están hartos de haber vivido esta ilusión.

No he visto, sin embargo, suficientes análisis en esta línea de percepción – de la esencialidad de las ideas, de las propuestas. Me mueve, no obstante, la esperanza de que la Academia de Ciencias de Suecia, al premiar las ideas o as propuestas de Barack Obama – o que él representa, más que los resultados de
los pasos iniciales, haya decidido con esta percepción.

He visto, sin embargo, y me refiero apenas a esos últimos tiempos un tanto equivocados de los análisis por resultados o por las consecuencias. Cuando el hombre desembarcó en la luna, los medios de toda especie, de todo el mundo, abrir titulares para afirmar que, después de ese gran paso de la humanidad, la historia jamás sería la misma. De hecho, se produjeron nuevos avances tecnológicos, hasta aplicables en las mejores causas, mas ¿en que cambió la historia en términos de relaciones humanas, justicia, ética, seguridad, paz o, en
resumen, felicidad?

Titulares semejantes - “el mundo jamás será el mismo”, fueron estampadas, dichas y comentadas por los analistas de resultados, cuando el terrorismo destruyó las Torres de Nueva York- símbolo y centro de los negocios mundiales (World Trade Center). No me consta que el mundo haya cambiado, a no ser por el recrudecimiento del terrorismo, de la guerra, o en la restricción creciente a las libertades individuales, en el crecimiento de la inseguridad y del miedo.

Podría referirme, aun, a los resultados pomposos de inversores, sistemas financieros, bancos y otras instituciones concentradoras de la riqueza o de los bienes del mundo, que dominan a cada hora nuevas tecnologías, imponen nuevas conductas, manipulan situaciones de mercado, conceptos en que pretenden resumir al hombre y el mundo. No me consta que ellos hayan hecho un mundo diferente, mejor en su naturaleza o en sus procesos de convivencia. Al contrario, han sido generadas crisis graves – no apenas financieras, sino en el campo de la cultura, de la ética, del psiquismo humano, en la sustentabilidad de la vida personal y societaria en la preservación del Planeta y de sus recursos. Esas cuestiones también han sido poco consideradas por los análisis de los “prácticos”, objetivos, cosechadores de frutos o resultados y – no plantadores o cultivadores de semillas.

Para esos, es necesario recordar que son las ideas y las propuestas – las semillas - que generan as acciones, o el futuro, y no la cosecha del fruto. Siempre, y en todo, fue y continuará siendo así pues así es la naturaleza de todo.

Desde mi distancia, aplaudo, pues, el Premio Nóbel de la Paz para Barack Obama, plantador y cultivador de la semilla de la paz, de la convivencia plural y armónica, del diálogo, del pluralismo, del respeto, inclusive o sobretodo de los más fuertes para con los más débiles, de la propuesta, por lo tanto, de cambios del mundo, no apenas en la superación de las crisis, o en la superficie, sino en su esencialidad.

Los resultados apenas comienzan a aparecer: el retorno al reconocimiento del multilateralismo en lugar del unilateralismo prepotente; la retomada del desarme atómico, no sólo conteniendo la proliferación de las armas nucleares sino limitando las existencias y la expansión de los que las poseen; el reconocimiento de la responsabilidad de los países, incluyéndose a si mismo en la crisis de los cambios climáticos; la diplomacia del diálogo al revés de la diplomacia de la amenaza y de la retaliación; en fin, además de esas cuestiones referentes a la humanidad, las cuestiones internas, de su propio país y el símbolo que él pasó a representar de que las ansias, la conciencia y los valores de la sociedad pueden sobreponerse al poder de los sistemas. Mover la piedra de la intolerancia, de la prepotencia, de la ambición sin límites del poder, de la riqueza y de la ganancia, constituye el gran plantío, la necesaria semilla o el gran paso, y la corajosa propuesta, capaces de desobstruir el camino para la paz, la justicia, la participación y la solidaridad.

La dimensión que alcancen los resultados dependerá de que los “prácticos” no consigan destruir la semilla, de que la semilla se fortalezca para auto sostenerse en la transformación del mundo; de que los realistas – me refiero a los realistas del realismo esencial - o de la fuerza de las ideas y de las propuestas, prevalezcan sobre los realistas de resultados, o sea, de que se amplíe la “audacia de la esperanza”, como diría, él propio Obama. Tengo, pues, la audacia de la esperanza de creer que, en su decisión de atribuir el Nóbel de la Paz a ideas, símbolos y propuestas, antes que a resultados, los conspicuos miembros de la Academia de Ciencias de Suecia hayan percibido que el mundo puede no ser más el mismo después de Barack Obama – no por él, mas por el empujón que sus ideas, su simbolismo y sus propuestas nos dieron valores y aspiraciones de la masa de conciencia que crece en el mundo. Si así fue, habrá sido dado un significativo paso en la transformación del mundo o de la historia, en el rumbo de la humanización y de la sustentabilidad, o sea, del proceso humano de la Participación y de la Solidaridad.

20 de agosto de 2009

Articulista do Clarín divulga a Cátedra Unisul



Cristina Civale, articulista do jornal argentino Clarín, editora chefe da revista virtual e agência de comunicação TrovareLAmerica.org publica a Carta do Patrono da Cátedra Unisul.

29 de julho de 2009

Artigo do Jornalista Ronaldo Sant`Ana

Fórum Participação e Solidariedade

publicado no Diário Catarinense

Todos os dias, jornais, rádios, emissoras de tv, sites de notícias, enfim, a multiplicidade de veículos de comunicação, a chamada mídia de massa, despeja uma enxurrada avassaladora de notícias pelo planeta. A maioria refere-se a fatos que carregam consigo uma conotação negativa. Muitos afirmam que isso significa que o jornalismo tem preferência pelo que é ruim. Afinal, uma idéia que está introjetada no imaginário da sociedade é de que um dos axiomas do jornalista é “boa notícia não é notícia”.

Porém o conceito é equivocado. O jornalismo trabalha com o que Roland Barthes denominou “fait divers”, o acontecimento fora do comum, o estranho, o bizarro, aquilo que foge da normalidade, da rotina. Em um texto anterior, usei uma frase de Thomas Hobbes, filósofo empirista inglês do século 16, “o homem é o lobo do homem”. Também é de Hobbes uma outra afirmação, “a guerra de todos contra todos”. Não parece que é uma descrição do que acontece atualmente em muitos lugares, não só no Brasil, mas em todo o planeta? Se o mundo funcionasse harmoniosamente, sem inveja, vaidade, ciúme, poder, posse, e muitas outras condições que predispõem ao conflito, à agressividade, à disputa, não haveria o que noticiar, uma vez que não existiria nenhum fato não previsto. É por isso que a matéria-prima do jornalismo, o que acontece fora dos padrões, habitualmente refere-se a fatos que envolvem quebra da normalidade, como violência, agressividade, morte, etc. Por outro lado, intimamente todos querem, a não ser que sejam sociopatas, uma existência tranqüila, feliz, pacífica, solidária, na qual possam usufruir das coisas boas da vida.

Com base em alguns destes axiomas, o professor Osvaldo Della Giustina, um dos fundadores da Unisul, desenvolveu um trabalho de aprofundamento dos conceitos “participação e solidariedade”. Em dois volumes, “A revolução do terceiro milênio” examina com profundidade a crise que afeta a humanidade, propondo uma mudança social radical. A iniciativa do professor Della Giustina gerou a criação da Cátedra Unisul, um instrumento para auxiliar a universidade na pesquisa, debate e divulgação de temas de interesse social e acadêmico, para estimular a consciência da sociedade em relação à importância da participação e da solidariedade, na busca de um mundo melhor.

Estes temas passaram do debate intelectual para a realidade. Nos dias 18 e 19 de junho a Unisul promoveu o 1º Fórum Temático “Fundamentos para uma Sociedade Participativa e Solidária”, com conferências, ensaios, miniforuns conjunturais e outros, os quais fazem parte da programação de instalação do Fórum Permanente da Cátedra Unisul. Desta maneira, a academia cumpre uma das suas funções mais importantes, a de propor e realizar debates, pesquisas, experimentações, voltadas para a descoberta de novas idéias e processos que tenham com objetivo promover o bem comum.

Os eventos realizados pela Cátedra Unisul são abertos à comunidade, e eu estou convidando você a participar, porque hoje não existe nada mais importante, para construir uma sociedade na qual valha a pena viver, que colocar em prática os conceitos de participação e a solidariedade.

5 de maio de 2009

Fórum Paranaense de Economia Solidária




O Fórum Paranaense de Economia Solidária realizará em 6 de maio reunião, com a seguinte pauta: Feira de Santa Maria, Vídeo Conferência de Lançamento do Centro Nacional de Formação em Economia Solidária em 13 de maio de 2009. http://www.fbes.org.br/